Ação física ou moral de um ser sobre o outro
“Toda ação física ou moral, patente ou oculta, de um ser sobre si mesmo, ou sobre outro, pressupõe, de um lado, uma força atuante e, de outro, uma sensibilidade passiva. Em todas as coisas, duas forças iguais se neutralizam e a fraqueza cede à força.
Ora, não sendo todos os homens dotados da mesma energia fluídica, ou, por outra, não tendo o fluido perispirítico, em todos, a mesma potência ativa, explicado fica por que, nuns, essa potência é quase irresistível, ao passo que, noutros, é nula; por que algumas pessoas são muito acessíveis à sua ação, enquanto que outras lhe são refratárias.
Essa superioridade e essa inferioridade relativas dependem evidentemente do organismo; mas, fora erro acreditar-se que estão na razão direta da força ou da fraqueza física.”
O poder fluídico aplicado à ação recíproca
“O poder fluídico, aplicado à ação recíproca dos homens uns sobre os outros, isto é, ao Magnetismo, pode depender: 1º da quantidade de fluido que cada um possua; 2º da natureza intrínseca do fluido de cada um, abstração feita da quantidade; 3º do grau de energia da força impulsiva; porventura, até, dessas três causas reunidas.
Na primeira hipótese, aquele que tem mais fluido dá-lo-ia ao que tem menos, recebendo-o deste em menor quantidade. Haveria nesse caso analogia perfeita com a permuta de calórico entre dois corpos que se colocam em equilíbrio de temperatura.
Qualquer que seja a causa daquela diferença, podemos aperceber-nos do efeito que ela produz, imaginando três pessoas cujo poder representaremos pelos números10, 5 e 1. O 10 agirá sobre o 5 e sobre o 1, porém mais energicamente sobre o 1 do que sobre o 5; este atuará sobre o 1 mas será impotente para atuar sobre o 10; o 1, finalmente, não atuará sobre nenhum dos dois outros. Será essa talvez a razão por que certos pacientes são sensíveis à ação de tal magnetizador e insensíveis à de tal outro.
Pode-se também, até certo ponto, explicar esse fenômeno, apoiando nas considerações precedentes. Dissemos, com efeito, que os fluidos individuais são simpáticos ou antipáticos, uns com relação aos outros. Ora, não poderia dar-se que a ação recíproca de dois indivíduos estivesse na razão da simpatia dos fluidos, isto é, da tendência destes a se confundirem por uma espécie de harmonia, como as ondas sonoras produzidas pelos corpos vibrantes?
Indubitavelmente, essa harmonia ou simpatia dos fluidos é uma condição, ainda que não indispensável em absoluto, pelo menos muito preponderante, e quando há desacordo ou antipatia, a ação não pode deixar de ser fraca, ou, até, nula. Este sistema explica bem as condições prévias da ação; mas, não diz de que lado está a força e, admitindo-o, somos forçados a recorrer à nossa primeira suposição.”
Ação física ou moral de um ser sobre o outro
“Toda ação física ou moral, patente ou oculta, de um ser sobre si mesmo, ou sobre outro, pressupõe, de um lado, uma força atuante e, de outro, uma sensibilidade passiva. Em todas as coisas, duas forças iguais se neutralizam e a fraqueza cede à força.
Ora, não sendo todos os homens dotados da mesma energia fluídica, ou, por outra, não tendo o fluido perispirítico, em todos, a mesma potência ativa, explicado fica por que, nuns, essa potência é quase irresistível, ao passo que, noutros, é nula; por que algumas pessoas são muito acessíveis à sua ação, enquanto que outras lhe são refratárias.
Essa superioridade e essa inferioridade relativas dependem evidentemente do organismo; mas, fora erro acreditar-se que estão na razão direta da força ou da fraqueza física.”
O poder fluídico aplicado à ação recíproca
“O poder fluídico, aplicado à ação recíproca dos homens uns sobre os outros, isto é, ao Magnetismo, pode depender: 1º da quantidade de fluido que cada um possua; 2º da natureza intrínseca do fluido de cada um, abstração feita da quantidade; 3º do grau de energia da força impulsiva; porventura, até, dessas três causas reunidas.
Na primeira hipótese, aquele que tem mais fluido dá-lo-ia ao que tem menos, recebendo-o deste em menor quantidade. Haveria nesse caso analogia perfeita com a permuta de calórico entre dois corpos que se colocam em equilíbrio de temperatura.
Qualquer que seja a causa daquela diferença, podemos aperceber-nos do efeito que ela produz, imaginando três pessoas cujo poder representaremos pelos números10, 5 e 1. O 10 agirá sobre o 5 e sobre o 1, porém mais energicamente sobre o 1 do que sobre o 5; este atuará sobre o 1 mas será impotente para atuar sobre o 10; o 1, finalmente, não atuará sobre nenhum dos dois outros. Será essa talvez a razão por que certos pacientes são sensíveis à ação de tal magnetizador e insensíveis à de tal outro.
Pode-se também, até certo ponto, explicar esse fenômeno, apoiando nas considerações precedentes. Dissemos, com efeito, que os fluidos individuais são simpáticos ou antipáticos, uns com relação aos outros. Ora, não poderia dar-se que a ação recíproca de dois indivíduos estivesse na razão da simpatia dos fluidos, isto é, da tendência destes a se confundirem por uma espécie de harmonia, como as ondas sonoras produzidas pelos corpos vibrantes?
Indubitavelmente, essa harmonia ou simpatia dos fluidos é uma condição, ainda que não indispensável em absoluto, pelo menos muito preponderante, e quando há desacordo ou antipatia, a ação não pode deixar de ser fraca, ou, até, nula. Este sistema explica bem as condições prévias da ação; mas, não diz de que lado está a força e, admitindo-o, somos forçados a recorrer à nossa primeira suposição.”
Allan Kardec, Obras póstumas, 19.ed., p.1101 -1111.
Saiba mais sobre esse assunto no livro Corrente Magnética – O magnetismo aplicado à desobsessão da Editora Auta de Souza