ESPERANTO- o idioma definitivo dos povos é ensinado no mundo espiritual
“Emocionados, detivemo-nos diante das Escolas que deveríamos cursar. Lá estavam, entestando-as, os letreiros descritivos dos ensinamentos que receberíamos – Moral, Filosofia, Ciência, Psicologia, Pedagogia, Cosmogonia, e até um idioma novo, que não seria apenas uma língua a mais, a ser usada na Terra como atavio de abastados, ornamento frívolo de quem tivesse recursos monetários suficientes para comprar o privilégio de aprendê-la.
Não! O idioma cuja indicação ali nos surpreendia seria o idioma definitivo, que havia de futuramente estreitar as relações entre os homens e os Espíritos, por lhes facilitar o entendimento, removendo igualmente as barreiras da incompreensão entre os humanos e contribuindo para a confraternização ideada por Jesus de Nazaré:
“Uma só Pátria, uma só bandeira, um só pastor!”
Esse idioma, cuja ausência entre médiuns brasileiros me havia impossibilitado ditar obras como as desejara, contribuindo para que fosse mais penoso o trabalho de minha reabilitação, possuía um nome que se aliava ao doce refrigério que aclarava nossas mentes. Chamava-se, tal como o nosso burgo, Esperança, e lá se encontrava, junto aos demais, o majestoso edifício onde era ministrado, acompanhando-se das recomendações fraternais para que foi ideado!
Conviria, assim, que o aprendêssemos, para que, ao reencarnarmos, levando-o impresso nos refolhos do Espírito, não nos descurássemos de exercitá-lo sobre a Terra.
(Camilo Cândido Botelho, Memórias de um suicida, Terceira parte, cap. 1)