Conceito
“Desencarnar é mudar de plano, como alguém que se transferisse de uma cidade para a outra, aí no mundo, sem que o fato lhe altere as enfermidades ou a virtudes com a simples modificação dos aspectos exteriores.” (Emmanuel. O Consolador. Perg. 174)
” A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução.” Léon Denis. O problema do ser, do destino e da dor. 8.ed., p. 125)
Processo da desencarnação – separação da alma e do corpo
“COMO SE OPERA A SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO?
Rotos os laços que a retinham, ela se desprende.
A SEPARAÇÃO SE DÁ INSTANTANEAMENTE POR BRUSCA TRANSIÇÃO? HAVERÁ ALGUMA LINHA DE DEMARCAÇÃO NITIDAMENTE TRAÇADA ENTRE A VIDA E A MORTE?
Não; a alma se desprende gradualmente, não escapa como um pássaro cativo a que se restitua subitamente a liberdade. Aqueles dois estados se tocam e se confundem, de sorte que o Espírito se solta pouco a pouco dos laços que o prendiam. Estes laços se desatam, não se quebram.
Durante a vida, o Espírito se acha preso ao corpo pelo seu envoltório semimaterial ou perispírito. A morte é a destruição do corpo somente,
não a desse outro invólucro, que do corpo se separa quando cessa neste a vida orgânica. A observação demonstra que, no instante da morte, o
desprendimento do perispírito não se completa subitamente; que, ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável
conforme os indivíduos. Em uns é bastante rápido, podendo dizer-se que o momento da morte é o da libertação, com apenas algumas horas
de diferença. Em outros, naqueles sobretudo cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas
vezes dias, semanas e até meses, o que não implica existir, no corpo, a menor vitalidade, nem a possibilidade de volver à vida, mas uma simples
afinidade com o Espírito, afinidade que guarda sempre proporção com a preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É, com
efeito, racional conceber-se que, quanto mais o Espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela; ao passo
que a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de
modo que, chegando a morte, ele é quase instantâneo. Tal o resultado dos estudos feitos em todos os indivíduos que se têm podido observar
por ocasião da morte. Essas observações ainda provam que a afinidade,persistente entre a alma e o corpo, em certos indivíduos, é, às vezes,
muito penosa, porquanto o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso, porém, é excepcional e peculiar a certos gêneros
de vida e a certos gêneros de morte. Verifica-se com alguns suicidas.” (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Perg.155)
“Que sensação experimenta a alma no momento em que reconhece estar no mundo dos Espíritos?
“Depende. Se praticaste o mal, impelido pelo desejo de o praticar, no primeiro momento te sentirás envergonhado de o haveres
praticado. Com a alma do justo as coisas se passam de modo bem diferente. Ela se sente como que aliviada de grande peso, pois que
não teme nenhum olhar perscrutador.” (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Perg.159)
Perturbação Espiritual
“O conhecimento do Espiritismo exerce alguma influência sobre a duração, mais ou menos longa, da perturbação?
Influência muito grande, por isso que o Espírito já antecipadamente compreendia a sua situação; mas a prática do bem e a
consciência pura são o que maior influência exercem.” (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Perg.165)
Quer saber mais? Estude o livro Conheça o Espiritismo editoraautadesouza.com.br